terça-feira, 19 de março de 2013

A romã se mostra eficaz também no controle e prevenção do diabetes

A romã (Punica granatum L.) é uma fruta nativa da Pérsia e foi domesticada no Irã, por volta de 2000 anos antes de Cristo. Daí se espalhou pelo Mediterrâneo e países da Ásia, África, Europa e das Américas. Os gregos consideravam esta fruta símbolo do amor e da fecundidade, consagrando a romãzeira à deusa Afrodite. Ainda hoje a romã é considerada sagrada pelas principais religiões do mundo. 

O fruto da romãzeira é esférico e apresenta casca rígida, cuja coloração varia de verde-clara a amarelo-laranja e avermelhada. Em seu interior existem lacunas onde as sementes de cor avermelhada e de gosto agridoce ficam alojadas em camadas.    

A romã pode ser consumida in natura ou como sucos, geleias e vinhos, mas também é utilizada na medicina popular por possuir propriedades terapêuticas. Diante disso, a romã vem se tornando alvo de várias pesquisas científicas, sendo tratada como um potente fitoterápico.

Esta fruta é rica em vitamina A, vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B5 E B6), cálcio, ferro, fósforo e potássio, além de ser considerada um dos alimentos com maior teor de manganês.  

O suco da romã apresenta em sua composição compostos fenólicos, como as antocianinas, quercitina, ácidos fenólicos e taninos. Trabalhos científicos demonstraram que esses compostos apresentam influência sobre fatores biológicos, como a atenuação de fatores aterogênicos, modulação das respostas antiinflamatórias e ação antioxidante.
 
Os flavonoides encontrados no suco fermentado e óleo da romã também possuem efeito antioxidante. Resultados de pesquisas científicas sugerem que a atividade antioxidante da romã é maior que a do vinho tinto e do chá verde. 

A romã se mostra eficaz também no controle e prevenção do diabetes. Pesquisas mostraram que extratos do epicarpo da fruta inibem a absorção intestinal de glicose, evitando a hiperglicemia. Esta fruta é também um potente antimicrobiano, sendo eficaz no combate a bactérias resistentes a antibióticos. O chá das cascas do fruto é utilizado para tratamento de helmintoses. 

Os preparos obtidos a partir da romãzeira, como sucos e chás do fruto, flor ou casca da árvore são popularmente usados para tratar diversos problemas de saúde. Entre eles podemos citar problemas gastrointestinais, dores de garganta (gargarejo com o chá da casca do fruto), úlceras na boca e genitália, dispepsia, diarreia, aftas, parasitismo, abscessos, tosse, angina, inflamação urinária e injúrias na pele. 

Diante das propriedades medicinais e nutricionais da romã, esta fruta se torna um instrumento importante na prevenção e tratamento de doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, artrite reumatoide, catarata, câncer, além de prevenir o envelhecimento precoce. 

Porém, é preciso ter cuidado com a utilização dos extratos da romã. A casca da fruta contém algumas substâncias ativas, entre elas a peletierina, um veneno espamódico que pode levar a uma paralisia central generalizada. Os primeiros sintomas de intoxicação são alterações visuais, vertigens e vômitos. A casca da romã contém ainda quantidade considerável de glucósidos adstringentes, que podem provocar prisão de ventre.


Tabela de composição nutricional (por 100g)

Quant.
(g)
Energ.
(Kcal)
Prot.
(g) 
Lip.
(g) 
Carb.
(g) 
Fibra
(g) 
Cálcio
(mg) 
Fósforo
(mg) 
Ferro
(mg) 
Vit.B1
(mg) 
Vit.B2
(mg) 
Niacina
 (mg)
Vit.C
(mg) 
100g 670,8 0,7 16,2 10 34 0,6 0,07 0,03 0,9 8

Nenhum comentário:

Postar um comentário